O tratamento fisioterapêutico evoluiu muito nos últimos anos. A drenagem linfática manual deixou de ser “soberana” e passou a ser questionada em muitas situações no pós-operatório, assim como o uso de ultra-som.
Com o avanço das pesquisas em cicatrização, novas abordagens surgiram como alternativas para a realização de tratamentos efetivos e com número reduzido de atendimentos.
Com isso, viabilizou aos profissionais que atuam no pós-operatório de cirurgia plástica e cirurgia vascular, um processo de recuperação funcional para obtenção de um resultado estético, desmistificando as indicações de 10-20 atendimentos de drenagem linfática e/ou drenagem linfática associada ao ultra-som.
A maior novidade, sem dúvida, é a opção de iniciar com o tratamento ainda em centro cirúrgico. Os benefícios desta abordagem é gerar uma contenção específica com maior efetividade para cada local submetido ao procedimento cirúrgico.
A abordagem fisioterapêutica intraoperatória é feita com a aplicação de bandagem elástica compressiva. A aplicação deve ser feita por um fisioterapeuta que domine a técnica pois a aplicação inadequada pode comprometer o resultado da cirurgia.
O objetivo do tratamento com bandagem elástica compressiva é aproximar os tecidos lesionados controlando todo processo de cicatrização.
É importante frisar que o tratamento proposto pelos profissionais que utilizam bandagem elástica compressiva é diferente de outras técnicas que também utilizam a bandagem elástica, porém com outro foco. Exemplo disso é o taping neuro muscular, linfotaping, kinesiotaping, etc.
A utilização das bandagens logo após o término da cirurgia possibilita um pós-operatório menos doloroso e com menos intercorrências e complicações, pois há uma contenção maior da região operada e assim todo o processo de cicatrização pode ser controlado. Sendo assim é possível minimizar o edema, as equimoses e a formação de cicatrizes excessivas como a fibrose.
O tratamento em centro cirúrgico é uma opção para os cirurgiões e pacientes que desejam otimizar o pós-operatório e o resultado da cirurgia realizada.
Vale lembrar que o tratamento fisioterapêutico intraoperatório é o início de uma conduta baseada na ação das forças mecânicas no tecido cicatricial que será desenvolvida em todo processo de reabilitação fisioterapêutica no pós-operatório.
Informe-se! O pós-operatório evoluiu. A realização de tratamento baseado em drenagem linfática manual e ultra-som não é a melhor conduta a ser adotada por fisioterapeutas que desejam tratar o paciente na sua integralidade, auxiliando na recuperação funcional e no resultado estético almejado.
Invista no pós-operatório. Procure um profissional habilitado.
Dra. Marcieli Martins
Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional
Crefito 8-135395/F
Consultório
Rua Nunes Machado, 472, sala 801.
Centro – Curitiba – PR.