Massagem modeladora é uma opção para tratamento de Fibrose?
Embora a massagem modeladora seja indicada e utilizada por muitos profissionais, vários estudos mostram os malefícios de realizar tratamentos agressivos em tecidos cicatriciais (fibrose).
A fibrose é uma alteração mecanobiológica no tecido, que por sua vez gera um comportamento metabólico crônico resultando em produção excessiva de tecido de cicatrização.
A fibrose é resultado de uma agressão tecidual, isto é, uma resposta fisiológica ao trauma.
Esse trauma é resultado de uma agressão mecânica, ou seja, a técnica cirúrgica, volume de gordura lipoaspirado ou tratamentos agressivos no pós-operatório podem ser responsáveis por essa alteração mecanobiológica.
Sendo assim, o fisioterapeuta deve se preocupar em minimizar a formação desse tecido de cicatrização através do controle do ambiente mecanobiológico.
Controlar esse ambiente significa controlar as respostas biológicas do tecido diante da agressão, ou seja, favorecer o equilíbrio do metabolismo local, diminuir o excesso de formação de tecido de cicatrização e consequentemente ocorrerá a melhora/ reorganização da fibrose.
Uso de aparelhos em tratamento de fibrose
Infelizmente, se o profissional utiliza aparelhos como US, Radiofrequência, Carboxiterapia, ou até mesmo massagens vigoras que resultam em estimulo do processo de cicatrização e dor, não será possível controlar as respostas teciduais desencadeadas por esses aparelhos ou técnicas manuais e a fibrose apresentará pouca ou nenhuma melhora e ainda, em muitos casos o quadro de fibrose piora.
Geralmente, pacientes submetidos aos tratamento citados acima, acabam realizando muitos atendimentos e mesmo após muitas sessões (30-40-50 e pasmem já atendi pacientes com 80 sessões) e ainda tinha fibrose, dor e alteração estética e funcional presente.
Alguns estudos mostram que, quando a região com fibrose é submetida à uma massagem mais vigorosa, como é o caso da massagem modeladora, o profissional está impedindo o organismo de evoluir com as fases de cicatrização (resposta fisiológica para cicatrizar a região operada).
As fases de cicatrização são basicamente divididas em fase inflamatória, proliferativa e remodelamento. Cada fase tem suas característica e deve ser conduzida de uma forma diferente.
Quando a massagem modeladora é aplicada em um tecido fibrótico, o estímulo intenso causado pela massagem favorece o aumento da rigidez tecidual e o aparecimento de áreas endurecidas e sem mobilidade.
Por isso, a massagem modeladora deve ser contra-indicada no pós-operatório de lipoaspiração e no tratamento de fibrose.
Para tratar fibrose de forma efetiva e com poucos atendimentos, o melhor tratamento disponível, atualmente, é a técnica de liberação tecidual funcional (LTF®).
LTF® – Liberação Tecidual Funcional
Com a LTF® é possível equilibrar o ambiente mecânico e favorecer a reorganização tecidual, ou seja, melhorar o aspecto estético e a restabelecer a mobilidade das áreas acometidas e consequentemente resolver as tão temidas fibroses.
Com a fisioterapia adequada a fibrose pode ser resolvida em poucos atendimentos.
Sendo assim, é fundamental que os pacientes e os médicos sejam criteriosos na hora de indicar um tratamento pós-operatório inicial e tardio.
Nota: A Liberação Tecidual Funcional é marca registrada de propriedade da Dra. Mariane Altomare e não pode ser utilizada por profissionais que jamais fizeram a formação ou estão desatualizados. O conceito é ensinado somente a fisioterapeutas em cursos de formação oferecidos pela idealizadora. Ninguém tem autorização para ensinar sobre a LTF. Para usar a marca o fisioterapeuta deve participar do curso e se manter atualizado (fonte: Dra. Mariane Altomare).
Fibrose tem tratamento, mas não é com técnicas agressivas que se consegue um resultado efetivo e satisfatório no tratamento de fibrose.
Dra. Marcieli Martins
Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional