Biotensegridade e Cicatrizes

Entenda o processo de interação biotensegridade versus cicatrizes

“O corpo é um processo no tempo”.
Jaap van der Wall

Essa frase do anatomista Holandês Jaap van der Wall nos remete ao quão dinâmica é a organização do Corpo Humano. Essa organização é diretamente ligada ao gasto energético e ao “pré-tensionamento” da estrutura corporal.

Nosso corpo não é formado por alavancas, mas sim encontra-se num arranjo contínuo de Compressão (ossos) e Tensão (tecidos moles) que nos mantém em prontidão para a ação. Chamamos essa organização de Modelo de Biotensegridade.

A Fáscia, que faz parte do que chamamos de Tecido Conjuntivo ou Conectivo contribui enormemente na Biotensegridade! Por ser um tecido que possui capacidade de contração relacionada ao Tônus Postural e por conectar todos os sistemas corporais, desde as estruturas macroscópicas até as células e seus núcleos, o tecido fascial se organiza como uma veste em nosso corpo.

Os fluídos corporais contribuem para esse estado de “turgor” sendo a matriz extracelular (MEC) o elo de ligação entre os diversos componentes do Sistema Fascial.

A MEC “percebe” os diversos estímulos que alteram a Biotensegridade e o corpo trabalha na tentativa de reorganizar a distribuição da tensão, sendo esse um processo chamado de Mecanotransdução.

Além da MEC, que contém água, íons e ácido hialurônico em sua substância fundamental, na Fáscia temos as fibras que são compostas por Colágeno e Elastina (menor quantidade).

Como célula principal temos os Fibroblastos, que estão envolvidos diretamente nos processos de reparo e cicatrização no organismo.

A mecanotransdução é um processo de comunicação relacionada aos processos fisiológicos corporais inclusive a cicatrização. Quando o tecido cicatricial não se remodela adequadamente pode interferir na fisiologia, na distribuição de tensão e economia de energia pois isso altera a organização da teia fascial e por consequência a Biotensegridade.

Uma cicatriz na região abdominal pode interferir no deslizamento entre as camadas fasciais e pela continuidade e comunicação entre os tecidos trazer disfunções no na coluna lombar, cervical e ombros, por exemplo., As múltiplas funções da MEC combinadas com a transmissão de força-tensão e elasticidade (Biotensegridade) nos remete a resiliência do Sistema Fascial, ou seja, sua capacidade de se adaptar às forças distorcidas e se devidamente estimulada, de retornar à forma e posição originais, ou seja adaptar-se. Ou seja, nosso corpo organiza-se em processos dinâmicos que mudam com o tempo.

 

Fabiana Silva
Fisioterapeuta (IPA) ,Especialista em Cinesiologia (UFRGS)e Mestre em Epidemiologia (UFRGS;Especialista em Fisioterapia Esportiva SONAFE/COFFITO;

Membro da SONAFE e Fascia Research Society;

Certificated em Terapia Manual na Austrália, formação em Mackenzie e Fascial Distortion Model (FDM),Mulligan Concept,Maitland,Neurodinâmica Clínica entre outros;

Professora Universitária desde 2005 em cursos de graduação na área da saúde, cursos de extensão e pós-graduação;

Autora do capítulo de Fáscia e Esporte do ProFisio (Artmed)

Autora de dois capítulos da nova edição do livro Fáscia: The Tensional Network of The Human Body editado pelo Prof. Robert Schleip;

Revisora Técnica do Livro Dor E Disfunção Miofascial De Travell Simons & Simons (Artmed)

Instrutora oficial Vitality Flossing na América Latina;

Membro da Organização do Fascia Research Congress Montreal 2021;

CEO do Cirklo Ensino em Saúde.

Nossa missão é simplificar e potencializar o caminho para o sucesso dos nossos clientes no mercado agrícola.

Ao assumir o compromisso de ser o parceiro ideal para nossos clientes, dedicamos nosso conhecimento, experiência e capacidade de desenvolvimento para criar soluções sob medida, possibilitando que eles se concentrem exclusivamente no crescimento de seus negócios.

Obtenha um orçamento personalizado para suas necessidades agora mesmo!

Design por Estúdio Romma. Todos os direitos reservados. Terceirize Agro – Julho de 2023.