O papel do Fisioterapeuta no tratamento das Maloclusões

As maloclusões são alterações nos encaixes dentários que algumas vezes são causadas por desajustes e discrepâncias ósseas dos ossos da maxila e/ou da mandíbula. Prioritariamente o tratamento é ortodôntico e, caso necessário, podem ser feitas intervenções cirúrgicas, como a expansão da maxila assistida cirurgicamente e a cirurgia ortognática – esta última mais conhecida dos fisioterapeutas.

            Apesar de já reconhecida a importância do fisioterapeuta no pós-operatório da cirurgia ortognática, pouco se fala da atuação da fisioterapia nas maloclusões como um todo, inclusive no pré-operatório (PO) das cirurgias corretivas. Bem, a literatura já aponta que as maloclusões de forma isolada não são capazes de causar as Disfunções Temporomandibulares (DTMs), mas dificilmente elas aparecem sozinhas. Acontece que as discrepâncias esqueléticas, em especial as no sentido anteroposterior – classes II e III na classificação de Angle – favorecem desequilíbrios musculares, que, quando abordados corretamente melhoram possíveis sintomas e até o pós-operatório torna-se mais fácil. Assim, é possível a abordagem da fisioterapia mesmo no pré-operatório das cirurgias ortognáticas, com o objetivo de melhorar o equilíbrio muscular, potencializar a função linfática, tratar disfunções cervicais e de postura de cabeça e, quando presentes, temporomandibulares. Essa abordagem no pré-operatório torna a abordagem no PO mais tranquila e com melhores resultados, inclusive cirúrgicos.

            Já no PO, atuamos desde o término da cirurgia, com manejo do edema e modulação do processo inflamatório até o pós-operatório tardio. Ainda nas primeiras 24h após o procedimento cirúrgico, o fisioterapeuta que atua na área deve se preocupar não apenas com o controle do edema, mas também com as condições respiratórias do paciente, visto ser uma cirurgia sob anestesia geral e com acesso por dentro da cavidade oral. Depois da alta hospitalar, continuamos tratando o edema, modulando o processo inflamatório. Nesta fase também, atuamos nos desequilíbrios musculares e acomodação da musculatura frente a uma nova oclusão. Ainda, podemos abordar os casos de ptose labial e parestesias pós-operatórias.

            Assim, a atuação do fisioterapeuta no tratamento das maloclusões é muito ampla e complexa, devendo ser realizada com fisioterapeuta especializado e que conheça tanto as disfunções faciais quanto a cirurgia realizada.

Texto por:

Ana Carolina Bonetti Valente

– Doutora em Ciências da Reabilitação pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP

– Mestre em Ciências da Reabilitação pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP

– Aprimoramento em Malformações Congênitas pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP

– Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto pelo Hospital Israelita Albert Einstein

– Fisioterapeuta graduada pela Universidade Estadual Paulista – UNESP

– Experiência em pesquisas clínicas, pós-operatório de cirurgias de cabeça e pescoço, bucomaxilofaciais, craniofaciais, síndromes, anomalias craniofaciais, disfunções temporomandibulares e pacientes críticos

– Coordenadora e Docente da Pós-Graduação em Fisioterapia Bucomaxilofacial e Reabilitação Vestibular – FABIC/FACMED – Polo SP – Physio Cursos SP

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