Como tratar seroma?

Seroma tem tratamento?

Tratar seroma: qual profissional realizará o tratamento?

Como tratar seroma é uma dúvida comum a muitos pacientes.

Antes de falarmos do tratamento é importante definirmos o que é seroma.

O seroma é definido pelo acúmulo de líquido no subcutâneo e está presente nos mais diversos procedimentos cirúrgicos.

Embora seja considerado uma complicação do processo cirúrgico, não se trata de um erro.

Quanto maior for a manipulação dos tecidos durante a cirurgia maiores serão as chances do paciente desenvolver seroma.

Como reduzir as chances do seroma acontecer?

Para minimizar as chances disso acontecer, muitos cirurgiões optam pelo uso do dreno associado ao uso da cinta modeladora, placas de contenção, além do tratamento fisioterapêutico intraoperatório e a fisioterapia pós-operatória.

É importante salientar que a quantidade, ou seja, volume presente determinará a conduta a ser adotada pelo cirurgião plástico e pelo fisioterapeuta.

Outro ponto importante a ser enfatizado é que o acúmulo de líquido pode estar em um ou mais locais e também com diferentes volumes.

Quando o volume for relativamente pequeno,  em geral,  a compressão local apresenta resultados satisfatórios.

Por outro lado, se o volume for significativo será necessário que o cirurgião realize a punção para remoção do líquido.

Contudo, mesmo após a punção um novo volume pode ser formado.

Fisioterapia no tratamento do seroma

É fundamental que o fisioterapeuta esteja atento a evolução do quadro e sempre que necessário otimize a compressão da região. Dessa forma, a fisioterapia contribuirá com a resolução o mais rápido possível.

“Seromas” não tratados tem grandes chance de “organizar”e uma reação de “proteção” é iniciada culminando no que chamamos de seroma encapsulado.

Obs: o tratamento do seroma encapsulado será abordado em outro post.

Acompanhe o blog e fique por dentro de tudo que acontece no mundo do pós-operatório.

Tem alguma dúvida?

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Dra. Marcieli Martins

Especialista em fisioterapia dermatofuncional

Tratamento especializado em pré, intra e pós-operatório, fibroses e aderências cicatriciais.

Explante de Silicone

Pós-operatório de explane de silicone

Você conhece a cirurgia remoção do silicone?

Você já ouviu falar em aumentar as mamas com próteses? Acredito que sim! É uma das cirurgias mais desejadas! Mas e na cirurgia de retirada definitiva das próteses?

Apesar de não ser tão comum quanto colocar, a cirurgia de Explante de Silicone (Explant no inglês), se tornou cada dia mais procurada e diversos são os motivos!

O que é explante de silicone?

A cirurgia de Explante de Silicone consiste na retirada definitiva das próteses mamárias junto com suas cápsulas fibrosas (Capsulectomia total) seguida, em alguns casos, de uma “reconstrução” das mamas que chamamos de Mastopexia.

Por ser uma cirurgia mais invasiva e detalhada é muito importante fazer a drenagem pós-operatória a qual fundamental no processo de recuperação e cicatrização em virtude do espaço remanescente, antes ocupado pelas próteses.

Esse processo de cicatrização pode ser mais detalhado e exige atenção, porém é facilitado com um bom acompanhamento fisioterápico no pós-operatório.

E aí já conhecia esse procedimento?

Deixe suas dúvidas sobre Explante de Silicone!

Dr. Willian Itikawa

Cirurgião Plástico

Referência em Explante de Silicone

Site Dr. Willian Itikawa

Contenção nas cicatrizes: por que utilizar?

cuidados com as cicatrizes abdominoplastias

Como a contenção nas cicatrizes pode ajudar no resultado estético?

A contenção nas cicatrizes é considerada pelos especialistas como uma excelente alternativa para que a cicatriz se mantenha “fininha”.

Vamos falar sobre isso?!

Tudo na vida é importante o equilíbrio e com as cicatrizes não é diferente.

Ao realizar um procedimento cirúrgico, principalmente, nas cirurgias estéticas, um dos principais medos relatados pelos pacientes é que a cicatriz não evolua bem e venha comprometer o resultado final da cirurgia.

Entre as complicações envolvendo as cicatrizes podemos destacar:

1. Cicatriz hipertrófica:

Cicatrizes hipertróficas consistem em cicatrizes elevadas, tensas e em geral, ficam restritas à área da lesão.

São frequentemente confundidas com queloide.

2. Cicatriz queloide:

Queloide é um crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte ou cirurgia de pele.

É uma alteração benigna, portanto sem risco para a saúde, na qual ocorre uma perda dos mecanismos de controle que normalmente regulam o equilíbrio do reparo e regeneração de tecidos.

É como se uma cicatrização não soubesse quando parar de produzir novo tecido.

Ao contrário de outras cicatrizes elevadas, chamadas cicatrizes hipertróficas, os queloides crescem sem respeitar os limites da ferida original.

conforme mencionado acima o queloide não deve ser com cicatriz hipertrófica, pois essas são muito mais comuns e, apesar de se apresentar elevada e endurecida, ela mantém restrita a margem da cicatriz e tendem a melhorar mais rápido com o tratamento adequado.

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia.

3. Deiscência de cicatriz:

A deiscência de cicatriz trata-se da abertura de um ou mais pontos. Pode ser resultado de reações inflamatórias dos pontos, infecção ou até mesmo movimentação excessiva.

A deiscência pode ser controlada através do acompanhamento fisioterapêutico.

4. Aderência de cicatriz:

A aderência da cicatriz é resultado da falta de mobilidade entre os tecidos. Ao ser instalada o tecido retrai, comprometendo a estética e a funcionalidade dos tecidos supercilias e profundos.

A fisioterapia manual pode tratar a aderência, devolvendo mobilidade e otimizando o resultado estético.

Por que manter a cicatriz sob contenção?

A maior causa da formação de cicatriz hipertrófica, ou seja, cicatriz elevada que erroneamente é confundida como queloide, é o desequilibro de forças internas (intrínsecas) e forças externas (extrínsecas).

Para manter o equilíbrio da cicatriz, durante o tratamento fisioterapêutico, toda carga mecânica ao redor da cicatriz deve ser controlada e uma excelente alternativa para também manter o equilíbrio é o uso da contenção nas cicatrizes.

A contenção pode ser feita com micropore ou taping.

Invista na sua cirurgia!

Faça fisioterapia!


Dra. Marcieli Martins
Fisioterapeuta Dermatofuncional
Tratamento especializado em pós-operatório de cirurgias plásticas e fibrose e aderências cicatriciais
CREFITO 8 – 135395/F

Fisioterapia no Pós-operatório de Cirurgias Reparadoras de Câncer

Pós-operatório de Cirurgias Reparadoras você conhece essa atuação?

A atuação da fisioterapia no pós-operatório de cirurgias reparadoras ainda é pouco conhecida. Por isso convidei a Dra. Cristiana Pezzi, expert no assunto para falar um pouco mais sobre essa atuação. Confira abaixo o texto escrito por ela.

Diferente da cirurgia plástica, que visa a correção e melhora da estética corporal e facial, e que pode ser planejada com maior tempo e tranquilidade, a cirurgia reconstrutora costuma ser realizada de forma imediata e sem planejamento prévio, devido ao caráter de urgência para tratamento do câncer.

Em alguns casos, onde não é possível a reconstrução imediata, o/a paciente deve esperar finalizar seu tratamento de quimioterapia e radioterapia e então programar a reconstrução.

O procedimento tem como objetivo melhorar a aparência e manter a função da área onde aconteceu a retirada do tumor.

Entre os exemplos mais comuns estão a reconstrução de mama após a mastectomia, e também cirurgias de cabeça e pescoço, uroginecológicas e ortopédicas.

As cirurgias reconstrutoras possuem diferentes graus de complexidade.

Há procedimentos menores e menos complexos com recuperação mais rápida. Um exemplo é a reconstrução mamária, onde podem ser utilizados implantes de silicone ou expansores mamários, porém, quando realizadas com retalhos dos músculos grande dorsal ou retoabdominal, requerem maiores cuidados e atenção.

Em contrapartida, há cirurgias de grande porte e mais complexas como as de tumores ósseos ou de tumores de partes moles, onde podem ser utilizadas partes do próprio corpo para o reparo, ou o uso de endopróteses para manter a função do membro mutilado.

Independente do grau de complexidade, vale ressaltar que o período de recuperação é muito importante e varia de acordo com as características individuais, a extensão da doença e o tratamento recebido.

Em geral, o paciente que passou por uma reconstrução oncológica também está em tratamento oncológico quimioterápico (sistêmico) ou radioterápico (local), o que resultará, muitas vezes, em dificuldade na reparação tecidual, ocasionando um pós-operatório mais longo e complexo.

Por isso, é importante que o fisioterapeuta oncológico esteja atento a esta maior suscetibilidade à complicações no pós-operatório.

Outra particularidade da cirurgia reconstrutora acontece quando há ressecação ampla do tumor, onde, muitas vezes, não resulta em um bom resultado estético, sendo necessário que o profissional esteja apto a lidar com essas complexidades.

Durante o pós-operatório, a fisioterapia busca restaurar os movimentos e funções comprometidos, minimizar o quadro de dor e incapacidades para que não ocorra a instalação de deformidades e progressão de sintomas.

Além disso, o acompanhamento com profissional especializado evita complicações e busca restabelecer as atividades da vida diária e proporcionar melhora da qualidade de vida e bem-estar.


Dra. Cristiana Pezzi

Fisioterapeuta Oncológica