Placas de contenção pioram a fibrose?

O uso das placas de contenção influência na formação e no tratamento da fibrose?

A importância do uso de placas de contenção no pós-operatório de lipoaspiração vem sendo discutida entre os cirurgiões e fisioterapeutas.

⁉Há uma variedade de marcas e modelos no mercado que geram dúvidas aos profissionais e aos pacientes.

✅Durante toda minha experiência clínica, posso afirmar que o modelo e a forma de utilização podem influenciar o resultado.

➡O modelo que considero ideal são as placas individuais (para cada área há um modelo e tamanho). Há placas para abdômen, flancos, lombar/cóccix e culotes.

📌Elas possibilitam a alternância de posição, e consequentemente menor chance de formação de fibrose entre as placas. Utilizar as placas todos os dias no mesmo lugar pode comprometer o resultado estético, pois as marcas podem ser permanentes.

❓Eis aqui uma dúvida muito frequente: as placas de contenção pioram a fibrose?

✔O que pode contribuir com a não resolução da fibrose é a placa não abranger toda região com fibrose. As áreas que não terão a contenção e consequentemente a compressão do modelador, inevitavelmente responderá ao tratamento de forma mais lenta. Por isso alternar o posicionamento é fundamental.

Outro diferencial é utilizar o taping compressivo associado, pois diminuímos o edema e consequentemente as placas não deixarão tantas “marcas” na pele e formarão menos fibroses.

✅A força compressiva gerada pela placa e cinta modeladora contribui com a resolução da fibrose, haja visto que há estudos que mostram que a força compressiva auxilia no processo de degradação do tecido em excesso (fibrose).

⚠Ou seja, se utilizada de forma inadequada pode contribuir com a formação da fibrose em determinados locais (principalmente ao redor da placa).

🆘Sabendo disso, usar ou não a placa assim como qual modelo a ser utilizado deve ser uma decisão do profissional fisioterapeuta que está acompanhando a evolução do quadro de fibrose de cada paciente de forma individualizada.

📝Em resumo, o tratamento deve ser personalizado, sendo constantemente adaptado as necessidades do paciente ao longo das sessões de acordo com as respostas obtidas.

❌Os profissionais devem descartar “receitas”, pois para cada fase do processo de cicatrização e resposta ao tratamento, a conduta pode e deve ser alterada.

Invista no seu pós-operatório!

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Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional.

Tratamento especializado em pós-operatório de cirurgias plásticas, vasculares, aderências de cicatrizes e fibrose.

Desmistificando o uso da cinta (modelador) no pós-operatório de Cirurgias Plásticas

O uso da cinta pós-cirúrgica, conhecida também por cinta modeladora, é fundamental e imprescindível no pós-operatório. Ela é responsável por evitar várias intercorrências e ainda permite que o resultado obtido com a cirurgia seja alcançado mais rápido.

A cinta tem como função aproximar o tecido lesionado, reduzindo o “espaço” deixado pela remoção da gordura. Dessa forma, auxilia na redução do edema (inchaço) e controla a formação da fibrose.

O uso da cinta pós-cirúrgica e das placas de contensão é indispensável durante o período de reabilitação. Deve ser ajustada sempre que ficar frouxa, garantindo assim a compressão necessária na região operada. Vale lembrar que conforme os ajustes serão feitos, a cinta irá perder qualidade de compressão. Quando essa perder a capacidade significativamente, deverá ser substituída por uma cinta nova.

Dessa forma, é possível obter os benefícios que esse método oferece minimizando as chances de intercorrências e complicações pós-cirúrgicas.

Ressalto aqui a importância do profissional que auxilia o processo de reabilitação do paciente. Isso porque a cinta deve ser justa o suficiente para gerar compressão, entretanto de forma controlada. Caso ocorra uma compressão excessiva, os tecidos que estão diretamente comprimidos serão marcados. Infelizmente, essas marcas podem ser definitivas. 

Por outro lado, a cinta larga não gera compressão e os benefícios como redução do edema e menor formação de fibrose não acontecem. Por isso, é fundamental o acompanhamento de um fisioterapeuta habilitado, treinado e capacitado durante todo esse processo.

Recomenda-se que cada paciente adquira a sua cinta, pois ela faz parte do processo para alcançar o sucesso desejado. Não orientamos que o paciente compre cintas já usadas por outros pacientes, devido aos motivos expostos de perda de capacidade das cintas que já foram utilizadas.

Diante de tudo que foi mencionado, a dica é “a cinta pós-cirúrgica é uma peça-chave do processo de reabilitação, não utilizar ou utiliza-la de forma inadequada ou ainda adquirir um produto de má qualidade, infelizmente pode trazer danos irreparáveis ao seu corpo.

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Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional