Tratamentos estéticos pós-cirurgias plásticas: quais, quando e como fazer?

Tratamentos estéticos pós-cirurgias plásticas

O bom resultado de uma cirurgia plástica não depende exclusivamente da boa técnica do cirurgião. Os tratamentos pós-cirúrgicos também são fundamentais para atingir o resultado desejado, conforme informações muito bem relatadas pelo conhecimento e experiência prática da Dra. Marcieli Martins.

Porém, muitas vezes, pequenos detalhes podem ser trabalhados após alguns meses da cirurgia, para a plena satisfação dos resultados finais estéticos.

Esses detalhes podem ser, por exemplo, flacidez de pele, pequenas “sobras” de gordura localizada, estrias e cicatrizes.

Para tanto, precisamos respeitar o tempo de recuperação dos tecidos, para que uma proposta terapêutica possa ser feita de forma personalizada a necessidade do paciente.

Recomenda-se aguardar, em média, 3-6 meses pós cirurgia, para então optarmos por algum tratamento estético.

O mercado tecnológico nos oferece equipamentos excelentes, proporcionando assim resultados efetivos e rápidos.

Todavia, a importância de um profissional fisioterapeuta capacitado, bem como a realização da avaliação fisioterapêutica, é primordial para garantir resultados satisfatórios.

Tratamentos estéticos desenvolvidos pelo fisioterapeuta dermatofuncional

Para aquela sobra de pele (flacidez) que não foi possível ser removida com a cirurgia (bastante comum na região acima do umbigo), a radiofrequência e a criofrequência são excelentes opções de tratamento.

São técnicas não invasivas que estimulam a formação de um novo colágeno local, obtendo resultados surpreendentes na flacidez da pele. O objetivo de cada aplicação é elevar a temperatura da pele, fazendo com que ocorra a contração imediata do colágeno e remodelação das fibras de colágeno e elastina já existentes.

Além disso, observa-se o estímulo dos fibroblastos (células responsáveis pela produção do colágeno), ao longo do tratamento. O número de aplicações dependerá da resposta individual e dos objetivos a serem alcançados.

Para as “sobrinhas” de gordura, sejam elas na região de flancos (cintura), costas ou abdômen, região interna da coxa e até mesmo nos braços, a criolipólise pode ser uma excelente alternativa, bem como o Ultrassom Cavitacionário, Ultrassom Focalizado, Geradores de Ondas de Choque e a Eletrolipólise. Como relatado anteriormente, tudo dependerá de uma criteriosa avaliação para determinar o tratamento adequado e a quantidade média de aplicações.

Em alguns casos de abdominoplastia (remoção cirúrgica da pele do abdômen), as estrias existentes não conseguem ser totalmente removidas. Para tanto, a uniformidade da pele pode ser conquistada com alguns tratamentos que melhoram consideravelmente a profundidade e o tamanho das estrias. Da mesma forma, as estrias que, em alguns poucos casos, podem surgir após mamoplastia de aumento.

É importante lembrar que a genética do paciente, a raça, a idade e a produção de colágeno individual são fatores que também influenciam no sucesso do tratamento.

Há vários tipos de tratamentos para estrias, porém, vale ressaltar, os realmente eficazes são aqueles que provocam um processo inflamatório importante sobre a estria, para que, posteriormente, ocorra a produção de colágeno que irá preencher o espaço onde as fibras foram destruídas. Alguns exemplos de tratamento sāo: Laser Fracionado, Carboxiterapia, Jato de Plasma, etc.

Opções de tratamento não faltam, entretanto, é fundamental que o fisioterapeuta utilize o “arsenal” de tratamentos de forma séria e responsável.

Avaliando caso a caso de forma personalizada.

O comprometimento do profissional bem como a adesão do paciente ao tratamento é imprescindível para o sucesso da Fisioterapia Dermatofuncional aplicada à Estética.


Dra. Luana Caloy

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Mestre Gerontologia Biomédica- PUCRS

Atua como Fisioterapeuta Dermatofuncional em Porto Alegre-RS.

Por que não realizar apenas drenagem linfática manual no pós-operatório?

Drenagem linfática manual no pós-operatório é a conduta ideal?

Provavelmente você já passou por uma cirurgia ou conhece alguém que fez drenagem linfática manual no pós-operatório. Essa é a técnica mais conhecida e mais indicada por cirurgiões ou pessoas envolvidas no pós-operatório.

Entretanto, toda cirurgia, plástica ou vascular, gera um “dano” tecidual que necessita de ser restaurado para que haja a manutenção da mobilidade da pele e subcutâneo, bem como a mobilidade articular e muscular. Consequentemente, se faz necessário a restauração da funcionalidade da área submetida à cirurgia e das áreas adjacentes.

A drenagem linfática é indicada para auxiliar na redução do edema (inchaço) e auxiliar no alívio da dor.

No entanto, tratamentos em que esse procedimento é utilizado de forma isolada, os atendimentos se arrastam por muitas sessões pois o foco do tratamento é o edema e não todas as alterações que necessitam ser tratadas.

É importante lembrar que a fisioterapia no pós-operatório tem avançado muito, aumentando a efetividade dos tratamentos propostos e reduzindo o número de atendimentos. Dessa forma, contribuindo assim para o sucesso da reabilitação pós-cirúrgica e apresentando um excelente resultado estético.

A fisioterapia desenvolvida de forma personalizada às necessidades do paciente auxilia na redução do quadro álgico (dor), resolução do edema, prevenção do seroma, redução da incidência de deiscências de suturas (abertura das cicatrizes), minimização da formação da fibrose (cicatrização excessiva) e consequentemente contribui com o retorno às atividades de vida diária e laborais e ainda favorece resultado estético almejado.

A fisioterapia pode fazer a diferença no resultado e no processo de reabilitação.

Vale ressaltar que drenagem linfática não é sinônimo de fisioterapia. A fisioterapia envolve um conjunto de técnicas e recursos para que o processo de reabilitação aconteça.

Embora, a cirurgia plástica estética tenha fins estéticos, a cânula e o bisturi geram lesões teciduais que necessitam ser restauradas para que a região opera tenha suas funções restabelecidas.

Consulte sempre um fisioterapeuta! Esse é o profissional habilitado para desenvolver um procedimento para atuação pós-operatória de forma segura e efetiva.


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional