Fibrose desaparece?

Como tratar fibrose? Fibrose tem tratamento? Fibrose desaparece??

Você já deve ter ouvido falar que a fibrose desaparece com tempo, mas afinal, isso é verdade?

O processo de cicatrização é a resposta desejada após a ocorrência de uma lesão, seja por cirurgia ou qualquer outro trauma. Quanto maior o comprometimento ou o trauma gerado na região afetada, maior a resposta cicatricial estimulada pelo organismo, potencializando a formação de tecidos de reparo de forma desorganizada.

Durante o período de reparo da lesão, ocorrerá vários processos divididos nas seguintes etapas: homeostasia, inflamatória, proliferativa e remodelamento.

O que são essas fases?

Na fase de homeostasia o organismo se concentra em interromper o sangramento. Esta etapa é fundamental para que as próximas fases do processo cicatricial aconteçam.

Após cessar o sangramento, o que ocorre em aproximadamente 2 horas após a cirurgia/trauma, inicia-se a fase inflamatória. O corpo dará início a um intenso processo celular para cicatrizar a lesão. Em geral essa fase pode durar 4 dias aproximadamente. É caracterizada pelo edema (inchaço), presença de dor, equimoses (áreas roxas) e calor (áreas operadas com aumento de temperatura). É importante enfatizar que quanto maior for a resposta inflamatória maior será a próxima fase, conhecida por proliferativa.

A fase proliferativa atinge o seu pico entre 12 ao 15 dia. Entretanto, havendo estímulo ela pode se estender por meses. É nesse período que a fibrose é instalada. Uma vez que se deseja prevenir o surgimento de regiões com tecidos desorganizados, é fundamental o controle da fase inflamatória.

Por outro lado, se todo processo de cicatrização for conduzido por um profissional qualificado para tal, a proliferação tecidual acontece de forma adequada e gradual. A fibrose gerada será controlada, sem comprometer a estética e a funcionalidade.

Na sequência os tecidos irão se reordenar, atingindo a última fase do processo de cicatrização, conhecida como remodelação. Nesse período o tecido cicatricial progride com a recuperação da região traumatizada.

Estou com 6 meses de pós-operatório, minhas fibroses irão desaparecer?

Alguns profissionais acreditam que com aproximadamente 6 meses a fibrose irá melhorar ou até mesmo desaparecer. Infelizmente não é verdade. Se este tecido estiver muito desorganizado, preso, repuxando, com o passar dos meses ele não apresentará melhora. Uma vez constituída e instaurada, a fibrose não sofrerá alteração, ou seja, a fibrose não desaparece.

O tratamento adequado proporciona uma reorganização na região que apresenta fibrose, corrigindo o resultado estético e funcional da área afetada. Histologicamente (dentro do tecido) ele continuará a ter características fibróticas embora o paciente não apresente comprometimento estético.

O que devo fazer para não minha cirurgia comprometida?

É fundamental investir em um tratamento fisioterapêutico especializado, sendo a melhor alternativa para se alcançar resultados estéticos e funcionais.

Quanto mais precoce a fibrose for tratada, melhor será o resultado final da cirurgia e o paciente será exposto a menor sofrimento.

 

Invista na sua cirurgia!

Faça fisioterapia!

 

Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Crefito 8 – 135395/F

Tratamento especializado em pós-operatório e tratamento de fibroses e aderências cicatriciais.

Uso de taping no pós-operatório

Você já deve ter visto aquelas “fitinhas” coloridas.

Taping no pós-operatório tem conquistado muitos pacientes, cirurgiões plásticos e fisioterapeutas.

Você sabia que o taping também podem ser utilizadas em cirurgias plásticas, oncológicas, pós-cesáreas, ortognáticas e vasculares?

O uso de taping em cirurgias pode ser utilizado de duas formas, o taping compressivo e o taping linfático.

Este texto abordará apenas o taping compressivo pois é a aplicação que eu tenho utilizado minha prática clínica no tratamento intraoperatório e pós-operatório das cirurgias mencionadas acima.

Por que usar o taping no pós-operatório e intraoperatorio?

Ao utilizar a aplicação do taping compressivo em cirurgias, o objetivo é reduzir o espaço morto gerado pelo trauma cirúrgico e aproximar/conter o tecido.

Com essa aplicação toda região operada passa a ser contida e dessa forma os resultados são surpreendentes.

Conhece a aplicação intraoperatória?

A aplicação realizada ainda em centro cirúrgico, também chamada de tratamento intraoperatório tem se apresentado como uma excelente alternativa para minimizar o edema (inchaço) e evitar as equimoses (presença de áreas roxas). Também pode ser utilizado para comprimir áreas onde o modelador não tem compressão, exemplo, região pubiana. Outra possibilidade é utilizá-las para tirar a tensão do tecido próximo às cicatrizes e dessa forma evitar deiscências (abertura de pontos) no pós-operatório.

O tratamento com taping compressivo em centro cirúrgico tem sido um importante aliado aos pacientes que desejam resultados rápidos e resolutivos.

O taping compressivo subtitui o uso do modelador?

Não se recomenda que o taping substitua o uso do modelador, porém pode ser utilizado de forma conjunta.

Não fiz o intraoperatório! Posso utilizar o taping no pós-operatório?

O taping compressivo também pode ser utilizado no pós-operatório como tratamento coadjuvante para acelerar a resolução do inchaço e reabsorção das equimoses, prevenir que os pontos abram por tensão exacerbada das cicatrizes, prevenção de alargamento de cicatrizes, prevenção de cicatriz hipertrófica e ainda após punção do seroma.

Qual a melhor cor do taping para utilizar?

Outro ponto que vale ser abordado são as variedades de cores que existem no mercado e tem gerado dúvidas entre os pacientes se há alteração de tensão de acordo com a cor. Vale alertar que independente da cor a tensão do material é a mesma.

Entretando, é importante que o profissional adquira somente produtos com qualidade e com registro na anvisa.

O que possibilita os resultados satisfatórios é a qualidade da fita e a forma com que ela é aplicada.

O uso de taping em cirurgias plásticas exige conhecimento da fisiologia, anatomia, bem como conhecer todas as aplicabilidades desse material.

 Utilizar desse recurso não é simplesmente “colar” as fitas, para que o tratamento seja bem sucedido existem particularidades que precisam ser respeitadas, tanto do material como da aplicação.

O uso do taping substitui a fisioterapia pós-operatória?

Outro ponto importante a ser informado é que o uso do taping, intraoperatório ou pós-operatório, não dispensa o tratamento fisioterapêutico.

É um excelente recurso, porém não deve ser utilizado de forma isolada.

Quer ter o benefício desse tratamento na sua cirurgia?

Consulte o fisioterapeuta especializado.

Invista na sua cirurgia.

Faça fisioterapia.


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Tratamento especializado em pós-operatório, fibroses e aderências cicatriciais.

CREFITO 8 – 135395/F

O que levar na mala ao realizar uma cirurgia plástica?

A preparação para a cirurgia plástica é para muitos um momento de muita ansiedade.

Mas afinal, o que levar na mala ao realizar uma cirurgia plástica?

Para ajudá-la nesse processo preparei uma lista do que não deve faltar na sua mala.

– Documentos pessoais e carteirinha do plano de saúde;

– Todos os exames realizados – exames de sangue e imagem;

– Pijama, roupão, calcinha e chinelo;

– Meia antitrombo ou meia compressiva;

– Cinta modeladora ou sutiã pós-cirúrgico;

– Placas de contenção;

– Produtos de higiene pessoal: lenço umedecido, sabonete neutro, escova e creme dental, escova de cabelo, desodorante, etc.;

– Celular e carregador;

– Roupas fáceis de vestir para o dia da alta hospitalar.

– Evite levar joias ou objetos de valor.

Gostou das dicas?

Imprima este  check list e agora é só preparar tudo para o grande dia!

Compartilhe comigo a sua experiência e para quem está nos preparativos um excelente procedimento. Se você já realizou algum procedimento e acredita que tenha algo a ser incluído ou ainda, considera que algum dos itens mencionados possa ser excluído, deixe o seu comentário e contribua com outras pessoas que irão operar e precisam das nossas dicas.


Dra. Marcieli Martins
Fisioterapeuta Dermatofuncional
Tratamento especializado em pós-operatório de cirurgias plásticas, fibroses e aderências cicatriciais.
CREFITO 8 -135395-F

A importância do pós-operatório na cirurgia plástica

O pós-operatório é uma importante etapa ao realizar uma cirurgia plástica.

O uso da cinta modeladora, placas de contenção, meia antitrombo, medicação prescrita pelo cirurgião assim como a fisioterapia, figuram as principais orientações para se alcançar o sucesso de uma cirurgia plástica.

A qualidade é algo que os pacientes precisam se atentar, qualidade dos produtos adquiridos bem como qualidade do tratamento fisioterapêutico que será contratado.

Investir no pós-operatório é fundamental para que a cirurgia realizada transcorra tudo bem.

A fisioterapia pode contemplar todas as etapas do procedimento, pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório.

O tratamento fisioterapêutico especializado será direcionado a atender à todas necessidades do paciente.

O edema (inchaço), equimoses (roxos) e as fibroses estarão presente em 99% das cirurgias plásticas, principalmente aquelas que não tiveram a atuação intraoperatória da fisioterapia.

Entretanto, cicatrizes abertas (deiscências), seromas (acúmulos de líquido), hematomas (acúmulos de sangue), podem ser classificadas como complicações do procedimento, porém podem ser tratadas, minimizadas  e muitas vezes evitadas com o tratamento fisioterapêutico.

A fisioterapia dispõe de recursos para auxiliar em todo processo de cicatrização.

Quando há uma cicatrização deficiente, como é o caso das deiscências (cicatrizes que abrem), o profissional fisioterapeuta pode lançar mão de recursos como laser, LED, microcorrentes e a alta frequência, por exemplo, para tratar essas cicatrizes que estão abertas. Quanto mais precoce o tratamento for realizado menos comprometimento estético essas complicações irão causar.

Esses recursos são utilizados com o objetivo de acelerar a cicatrização e consequentemente acelerar o fechamento da lesão.

Por outro lado, esses recursos que estimulam a cicatrização  e não devem ser utilizados em fase inicial de lipoaspiração, pois após uma cirurgia como a lipoaspiração, a remoção de gordura resulta em um intenso processo de cicatrização para “fechar” os “caminhos” gerados pela cânula.

Já sabemos que quanto maior o volume de gordura retirado, maior será a resposta de cicatrização, ou seja, fibrose. Utilizar esses recursos podem intensificar ainda mais a formação da fibrose.

Por isso, o profissional que acompanhará o pós-operatório, o fisioterapeuta, deve ter domínio sobre a técnica cirúrgica utilizado, conhecer sobre o processo de cicatrização e todos os recursos fisioterapêuticos disponíveis para contribuir com a reabilitação do paciente e consequentemente com o resultado estético da cirurgia.

O tratamento fisioterapêutico desenvolvido de forma responsável pode ser determinante para o tratamento de intercorrências e complicações que podem acontecer no pós-operatório e influenciar no resultado final da cirurgia plástica.

Diante disso, vale o alerta, a escolha do profissional que acompanhará o pós-operatório, é sem dúvida, um importante investimento na cirurgia plástica realizada.

Infelizmente, muitos pacientes ao decidir realizar a cirurgia plástica, não incluem nos gastos cirúrgicos o tratamento pós-operatório e tudo que envolve o pós-cirúrgico.

Conforme mencionado acima, será o pós-operatório que garantirá o bom resultado executado pelo cirurgião plástico.

Não economize no pós-operatório!

Não opte pelo mais barato!

Não compre a cinta “mais em conta”!

Não deixe de fazer a fisioterapia!

Invista na sua cirurgia!

Faça fisioterapia!


Dra. Marcieli Martins

Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Tratamento especializado em pós-operatório, fibroses e aderências de cicatrizes.