A importância da fisioterapia para um excelente resultado em cirurgias plásticas

Atuação fisioterapêutica adequada contribui para o resultado da cirurgia plástica.

Na maioria das vezes em que as pacientes pensam em se submeter a uma cirurgia plástica, primeiramente vem uma preocupação em relação ao profissional que vai realizar a cirurgia, se é experiente, se alguém conhecido já operou com ele, se o valor é justo e aonde opera.

É claro que tudo isto é importante, mas um detalhe pode passar despercebido que por mais que a cirurgia seja bem feita, se a paciente não tiver um acompanhamento com uma profissional experiente na área de fisioterapia, muito do resultado acabará sendo prejudicado por ocorrência de fibroses, retrações de pele, formação de seromas ou até uma detecção precoce de um hematoma ou infecção na área operada.

Isto porque a fisioterapeuta acompanha muito de perto as pacientes, logo no período pós-operatório, iniciando o tratamento em princípio 48 horas após o término da cirurgia, o que influencia em muito o resultado final do procedimento.

Nos últimos anos tenho notado uma evolução nas técnicas fisioterapêuticas, principalmente com utilização de bandagens que são colocadas nas áreas operadas, muitas vezes no próprio centro cirúrgico, o que diminui muito a ocorrência de edemas e diminuindo a necessidade de serem feitas muitas sessões de fisioterapia neste período pós-operatório.

Fica a dica então, escolham um bom cirurgião e uma ótima fisioterapeuta para que  a realização da tão sonhada cirurgia plástica transcorra de uma maneira tranquila e sem sustos.

Espero que este pequeno texto tenha sido útil para vocês.

 

Um abraço.

Dr Ronald Rippel

Cirurgião Plástico

Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica;

Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná – UFPR ;

Pós-graduação em cirurgia geral pelo Hospital de Clínicas de Curitiba-PR;

Pós-graduação em Cirurgia Plástica Hospital da Real Sociedade Beneficência Portuguesa-SP e Hospital Universitário Evangélico de Curitiba-PR;

Fellowship em Cirurgia Plástica na South-Western University em Dallas-Texas;

Salt Lake University Utah;

Emory University em Atlanta-GA;

Jonhs Hopkins University em Baltimore-MD;

Mestrado em cirurgia pela Universidade Evangélica de Curitiba-PR.

www.rippel.com.br

Pós-operatório deve ser sinônimo de drenagem linfática e ultrassom?

Drenagem Linfática X Ultrassom: é o melhor tratamento pós-operatório?

Por muitos anos, realizar pós-operatório de Cirurgia Plástica era sinônimo de contratar, no mínimo, 10 sessões de drenagem linfática manual (DLM) e algumas sessões de ultrassom (US).

Embora, muitos médicos ainda indiquem realizar DLM e utilizar  US, a realidade é que a atuação fisioterapêutica no pós-operatório tem evoluído muito e novas abordagens surgiram para otimizar a recuperação e favorecer os resultados das cirurgias plásticas.

Conduzir o processo de cicatrização, prevenir intercorrências,  favorecer a manutenção da mobilidade e contribuir para o sucesso da cirurgia, devem ser os principais objetivos da atuação fisioterapêutica.

A drenagem linfática é uma técnica manual, conceituada e muito bem descrita, apresenta excelentes resultados na redução do edema (inchaço), porém apresenta resultados limitados quando se trata de pós-operatório de cirurgia plástica, principalmente nas lipoaspirações de grande volume.

Já o uso do ultrassom terapêutico é indicado para acelerar a cicatrização bem como para tratar as fibroses. Por outro lado, já se sabe que após a lipoaspiração o trauma gerado é tão intenso que a cicatrização precisa ser “freada” e não acelerada.

Estimular esse processo pode contribuir com o aumento de síntese de colágeno e consequentemente aumento da fibrose.

Embora a drenagem linfática e o ultrassom sejam indicados por muitos profissionais (médicos e fisioterapeutas), o uso desses recursos de forma isolada pode contribuir para que o resultado da cirurgia plástica seja alcançado mais lentamente, arrastando o pós-operatório por meses e obrigando o paciente a realizar vários “pacotes” de tratamento.

A cirurgia plástica, seja ela lipoaspiração, prótese de mama, abdominoplastia, ritidoplastia, entre outras cirurgias, resultam em uma lesão/dano tecidual, resposta fisiológica ao procedimento realizado.

Algumas cirurgias geram maior trauma que outras, mas é fato que a lesão tecidual estará presente e inevitavelmente o edema (inchaço), as equimoses (roxos) e um intenso processo de cicatrização para “reparar” os danos causados pelo bisturi ou pela cânula contribuirá com a presença da fibrose.

A fisioterapia pós-operatória (de verdade) desenvolvida na sua essência, deve abranger a manutenção e restauração de todas as estruturas envolvidas no procedimento cirúrgico e nas estruturas adjacentes.

Ao utilizar apenas a drenagem linfática e o ultrassom no pós-operatório, o fisioterapeuta estará deixando de oferecer uma reabilitação completa que contemple a estética e a funcionalidade.

O tratamento fisioterapêutico baseado em terapia manual é uma excelente opção aos pacientes e cirurgiões que desejam alcançar o resultado estético sem perder a funcionalidade, resultados rápidos e efetivos.

Dentro dessa proposta de tratamento, é importante a associação de técnicas e recursos que possibilite ao profissional fisioterapeuta desenvolver um novo conceito de tratamento no pós-operatório.

Liberação Tecidual Funcional (LTF)

Umas das técnicas mais conceituadas para atuação fisioterapêutica em Cirurgias Plásticas é Liberação Tecidual Funcional (LTF).

A liberação tecidual funcional (LTF) é uma técnica de terapia manual, desenvolvida a partir de conceitos embasados por pesquisas científicas na área de tensão mecânica x reparo tecidual. É uma adaptação de técnicas existentes, porém, respeita parâmetros específicos para que tenha efetividade em tecidos cicatriciais.

Tem por objetivo principal reorganizar as estruturas dos tecidos, devolvendo funcionalidade e flexibilidade, favorecendo o metabolismo normal (Fonte: www.marianealtomare.com.br)

Dizer que o pós-operatório é sinônimo de realizar somente drenagem linfática e ultrassom é um MITO que deve ser desmistificado. Com a fisioterapia manual o sucesso do tratamento pode ser alcançado em poucos atendimentos, buscando sempre qualidade e não quantidade.

Invista na sua cirurgia, invista no pós-operatório!


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Fisioterapia no pós-operatório de Varizes

Pós-operatório de Cirurgia de Varizes

Certamente você conhece alguém que realizou cirurgia de varizes há alguns anos e precisou se afastar de suas atividades habituais e fazer repouso absoluto por 20 ou 30 dias. Também já deve ter ouvido dizer que o pós-operatório foi difícil, doloroso e que os hematomas eram grandes e demoraram muito para desaparecer. Pior, que o curativo era incômodo, quente e não permitia um banho adequado.

Felizmente tanto as técnicas cirúrgicas quanto os tratamentos pós-operatórios evoluíram muito na última década e hoje o paciente já pode receber alta no mesmo dia em que foi operado e pode retornar as suas atividades, inclusive as esportivas, num prazo muito curto.

As técnicas cirúrgicas mais modernas reduziram as incisões (cortes) e permitem que o tratamento das safenas doentes seja feito através de punções ou pequenos cortes quando utilizamos a termoablação como opção terapêutica (radiofrequência ou laser endovenoso). Para tratar aqueles ramos aparentes (as varizes propriamente ditas) utilizamos microincisões que não necessitam nem pontos para seu fechamento. Isso permite que o trauma cirúrgico, ou seja, o “dano” que o procedimento cirúrgico gera nos tecidos seja muito menor, já contribuindo para que a recuperação seja mais rápida e indolor.

Aquele curativo antigo que consistia no enfaixamento das pernas em várias camadas de atadura e algodão, tornando difícil a higiene e a mobilização, foi substituído por meias específicas para a recuperação da cirurgia de varizes. Essas meias são colocadas ainda no centro cirúrgico com calçadores especiais e têm a vantagem de manter o curativo protegido e facilitar o dia a dia do paciente logo após a cirurgia.

A meia em questão mantém uma compressão adequada necessária a recuperação ao mesmo tempo que permite o banho normalmente pois é feita de tecido impermeável, podendo ser mantida durante a higiene habitual. Ainda tem a vantagem de ter uma camada única, não retendo calor como as faixas que utilizávamos anteriormente para fazer o curativo.

Fisioterapia no Pós-operatório de Cirurgia de Varizes

Paralelamente a essa modernização, contamos também com a evolução constante da fisioterapia no pós-operatório. As técnicas recentes permitem menos edema (inchaço), dor e formação de hematomas e equimoses (manchas roxas).

A fisioterapia também permite o tratamento das fibroses, alteração comum e normal no processo de cicatrização dos tecidos mas que pode causar dor e irregularidades na pele, comprometendo inclusive o resultado estético da cirurgia.

Anteriormente, dispúnhamos somente da drenagem linfática como opção terapêutica nesta fase após a cirurgia de varizes. Assim como em outras áreas cirúrgicas, mais comumente na cirurgia plástica, os pacientes da cirurgia vascular têm se beneficiado com a evolução da fisioterapia. Os pacientes apresentam uma melhora mais precoce e raramente se incomodam com dor ou inchaço. Este benefício acaba se traduzindo em ganho de tempo e qualidade de vida, questões muito importantes no dia a dia da vida moderna.

Atualmente, o retorno ao trabalho ocorre de 3 a 7 dias após o procedimento e a retomada das atividades físicas numa média de 2 semanas. A evolução e o tempo de melhora também dependem da condição clínica pré-operatória do paciente, ou seja, pacientes que possuem uma maior quantidade e um volume/calibre maior de varizes poderão necessitar de um tempo maior de recuperação.

Nossa equipe conta com o trabalho especializado da Dra. Marcieli Martins, que em alguns casos já se inicia no pós-operatório imediato, ainda no centro cirúrgico. A técnica utilizada não só alivia os sintomas comuns a essa fase (dor, inchaço e hematomas) como também previne a formação das fibroses, permitindo um pós-operatório mais indolor, com melhor resultado e devolvendo o paciente mais precocemente as suas atividades.


Dra. Denise Xavier

Cirurgiã Vascular

Ecografista Vascular

A presença de fibrose dificulta a resolução do inchaço pós cirurgia.

 A fibrose pode comprometer o resolução do inchaço no pós-operatório.

A fibrose é resultado do processo de cicatrização, ou seja, uma resposta fisiológica para reparar os danos causados pela cânula em cirurgias de lipoaspiração ou pelo fleboextrator em cirurgias para tratamento de varizes.

Após o procedimento cirúrgico é normal que haja presença de edema. Tem sido uma preocupação frequente dos cirurgiões indicarem a realização de drenagem linfática para minimizar o inchaço e aliviar a dor no pós-operatório.

Drenagem linfática manual

Os benefícios da drenagem linfática na redução do edema (inchaço) são incontestáveis, porém, quando se trata de uma cirurgia extensa como é o caso das lipoaspirações ou abdominoplastias por exemplo, o sistema linfático na região operada fica comprometido.

O processo de linfoangiogênese, ou seja, formação dos novos vasos linfáticos, pode durar algumas semanas, resultando em um funcionamento inadequado do sistema pelo comprometido da região e consequentemente contribuir com o aumento do inchaço.

Frequentemente o paciente relata melhoras dos sintomas (dor e inchaço) após a realização de drenagem linfática, entretanto, algumas horas após o procedimento o inchaço volta a incomodar.

É comum recebermos no consultório pacientes que se queixam que embora tenham realizado um altíssimo número de sessões de drenagem linfática manual  ainda apresentam fibrose e edema.

Fibrose e edema: como solucionar?

Na presença de fibrose, a drenagem apresenta resultados mais limitados ainda, tanto para redução do inchaço como para resolução da fibrose.

Isso ocorre devido a presença da fibrose gerar comprometimento da linfoangiogênese, ou seja, comprometer a formação dos novos vasos linfáticos que auxiliarão na melhora do edema. Esse processo é uma das principais causas do edema não ser solucionado.

É importante ressaltar que, a presença da fibrose gera alteração da funcionalidade local e das estruturas adjacentes, resultado em limitação da mobilidade tecidual, dor, comprometimento estético e edema persistente.

A resolução do edema só é possível quando há restauração e reorganização dos tecidos lesionados, consequentemente o tratamento pós-operatório deve auxiliar o processo de cicatrização para que todas as etapas do reparo tecidual sejam cumpridas no seu devido tempo.

Dessa forma, a cicatrização acontecerá organizada e a formação da fibrose será menos intensa, não resultando em comprometimento funcional e estético.

Para isso, a fisioterapia tem se apresentado como um grande aliado para alcançar o resultado estético o mais precoce possível.

Sendo assim, para que o pós-operatório seja bem conduzido e alcance o sucesso após a cirurgia, é fundamental a realização do tratamento fisioterapêutico afim de favorecer a reabilitação/recuperação.

Através de técnicas e recursos exclusivos como a liberação tecidual funcional (LTF), cinesioterapia e outras técnicas de Fisioterapia Manual, é possível a reorganização da fibrose que consequentemente favorecerá o reestabelecimento do sistema linfático e possibilitando uma atuação resolutiva no edema (inchaço).

Vale lembrar que o tratamento desenvolvido com os princípios preconizados pela LTF e pela Fisioterapia Manual são realizados em poucos atendimentos.

Dessa forma, a FISIOTERAPIA pode ser o grande diferencial no sucesso de uma cirurgia, seja ela plástica ou vascular.

*****Atenção!*****

Se você tem um inchaço que não está melhorando, procure um fisioterapeuta que utilize os tratamentos mencionados neste post, sem dúvida, você terá o seu caso solucionado e alcançará os resultados desejados com a cirurgia realizada.


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional