Pós-operatório de prótese mamária

Prótese mamária: a fisioterapia pode fazer a diferença no pós-operatório

Após inclusão de prótese mamária alguns cuidados podem influenciar na evolução do pós-operatório. Abaixo você confere dicas para contribuir com sucesso da cirurgia.

15 dicas para o cuidado do paciente submetido a cirurgia de prótese mamária

  1. Evitar banho quente por, pelo menos, 15 dias. O calor faz vasodilatação e pode contribuir com o aumento do edema;
  2. Não se expor ao sol por, no mínimo, 30 dias ou enquanto houver áreas roxas e/ou amareladas;
  3. Não exceder a amplitude de movimento orientada pelo fisioterapeuta;
  4. Não realizar atividade física sem liberação. Em média, 30 dias para retornar às atividades físicas de MMII (pernas);
  5. Evitar movimentos bruscos e pesos;
  6. Dormir com a barriga para cima, em média, por 21 dias (caso tenha ocorrido alguma intercorrência, aguardar liberação);
  7. O uso do sutiã pós-cirúrgico é utilizado, em média, por 30 dias. Após esse período, o paciente deve evitar sutiãs com aros (nos casos de incisões no sulco);
  8. Usar hidrantes específicos melhora a qualidade da pele e ameniza o surgimento de estrias. O ideal é iniciar com o tratamento no pré-operatório;
  9. Procure um fisioterapeuta que trate não apenas do inchaço, mas de todas as estruturas envolvidas no processo cirúrgico como pele, subcutâneo, músculos e articulações;
  10. Em casos de associação de lipoaspiração da região axilar, deve ser tratado todo o excesso de cicatrização (fibrose);
  11. Fibrose não tratada gera dor, diminuição dos movimentos e comprometimento do resultado estético.
  12. Usar pomadas*, fitas de silicone*, bandagem elástica, entre outros, podem ser utilizados para evitar/tratar cicatriz hipertrófica. *o uso de pomadas e fita de silicone, normalmente, é prescrito pelo cirurgião plástico. Siga as orientações do seu médico e do seu fisioterapeuta.
  13. O uso da faixa pós-cirúrgica não indicada para todos os pacientes. Siga as orientações dos profissionais envolvidos;
  14. Na cirurgia de inclusão de prótese mamária submuscular, é mais comum, maior comprometimento dos músculos peitoral maior e menor, bem como o aumento de tensão do músculo ECOM (esternocleidomastóideo). Tratar todas essas estruturas minimizará a dor e a limitação de movimento, consequentemente, um pós-operatório menos traumático.
  15. A fisioterapia é fundamental para condução do pós-operatório e sucesso da cirurgia. Seja criterioso ao escolher o profissional que fará a reabilitação. Realize tratamento fisioterapêutico pós-operatório de Cirurgia Plástica e não drenagem linfática manual. Profissionais que realizam apenas drenagem linfática manual após prótese de mama oferecem um tratamento incompleto. A fisioterapia tem muito mais a contribuir no processo de recuperação.

Ótima recuperação!


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Conheça sobre Fisioterapia Manual em Cirurgia Vascular / Varizes

Cirurgia de Varizes x Tratamento Fisioterapêutico

A atuação no pós-operatório de cirurgia vascular, mais especificamente nas cirurgias de varizes, ainda é pouco explorada pelo fisioterapeuta.

As varizes são veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas, caracterizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo, com maior incidência no sexo feminino (SBCV).

As varizes resultam em alterações funcionais importantes como o edema (inchaço) dos membros inferiores (pernas e pés), sensação de peso, dor do tipo “queimação” etc.

Além das alterações mencionadas, quanto maior a gravidade das varizes, maior o comprometimento estético presente.

Dessa forma, o paciente submetido à cirurgia vascular almeja que as alterações funcionais sejam solucionadas e a estética das pernas restabelecida.

Fisioterapia Manual x Pós-operatório de Cirurgia Vascular

Com o tratamento fisioterapêutico manual é possível facilitar todo processo de pós-operatório em cirurgia vascular, otimizando os resultados e minimizando intercorrências e complicações.

O fisioterapeuta que atende à demanda de pós-operatório de cirurgia vascular, deverá atuar de forma global.

Avaliar todas as estruturas que possam estar comprometidas com a intervenção cirúrgica será fundamental para o sucesso do tratamento fisioterapêutico.

Quando o foco do tratamento é o paciente e não a intercorrência apenas (por exemplo: tratar somente o edema presente), a fisioterapia passa a cumprir o seu papel de atuar na promoção de saúde, no diagnóstico precoce e tratamento adequado e por fim, por meio da reabilitação e da redução de incapacidades.

Além disso, atualmente, é uma preocupação do cirurgião vascular proporcionar resultado estético satisfatório com a cirurgia, seja ela menos invasiva ou não, e promover o retorno às atividades diárias o mais breve possível.

A fisioterapia, com sua essência de reabilitação, pode beneficiar o paciente de cirurgia vascular e ajudá-lo a alcançar os objetivos estabelecidos ao ser submetido ao procedimento cirúrgico.

Sendo assim, o tratamento fisioterapêutico torna-se indispensável para aqueles pacientes que desejam uma recuperação efetiva com redução das intercorrências pós-cirúrgicas (edema, equimoses, hematoma, fibrose, retração de cicatriz, dor etc.) e por fim, alcançar o resultado estético idealizado inicialmente.

A atuação fisioterapêutica em cirurgia vascular pode ser iniciada na fase pré-operatória (antes da cirurgia), intraoperatória (durante a cirurgia) e pós-operatória.

A grande maioria dos cirurgiões acabam indicando o tratamento fisioterapêutico somente no pós-operatório, muitas vezes por não conhecer as demais atuações.

A fisioterapia no pós-operatório de cirurgia de varizes precisa ser divulgada e mais explorada pelos fisioterapeutas.

Quanto mais precoce o tratamento é iniciado, mais as intercorrências pós-cirúrgicas podem ser evitadas e/ou controladas e o paciente desfrutará de um pós-operatório menos traumático e mais rápido o resultado estético poderá ser percebido.


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Pós-operatório de Bichectomia sob a visão do fisioterapeuta

Aspectos importantes sobre o pós-operatório de bichectomia
A bichectomia é uma das cirurgias mais procuradas no momento. Conhecida como um procedimento estético para afinar o rosto, a cirurgia consiste na retirada da bola de Bichat* (parcial ou total) para melhorar o contorno da face, reduzindo o volume da bochecha.

Embora seja uma cirurgia rápida e com evolução pós-operatória eficaz, os profissionais que realizam este procedimento não devem excluir a possibilidade de intercorrências.

Para minimizar as chances de intercorrência, a fisioterapia dermatofuncional pode atuar no pós-operatório imediato e favorecer o processo de recuperação.

No pós-operatório de bichectomia, o paciente pode apresentar:

– Edema

O inchaço da face é comum no pós-operatório, podendo ser uni ou bilateral. É resultado de um processo inflamatório após a cirurgia. Em média, com uma semana de pós-cirúrgico, o edema já estará resolvido.

Para minimizá-lo, deve-se usar gelo no local, ingerir produtos gelados como o sorvete e fazer drenagem linfática facial.

– Trismo

É o nome dado para a dificuldade de abrir a boca. Geralmente, ocorre por contratura da musculatura responsável pela mastigação, principalmente, do músculo masseter.

– Fibrose

A fibrose após bichectomia caracteriza-se pelo endurecimento da região da cicatriz. Apresenta-se em formato de um caroço e compromete o resultado da cirurgia.

A fibrose contribui para que o trismo se perdure por mais tempo e pela presença de dor na região. Entretanto, ela é minimizada se o paciente faz fisioterapia no pós-operatório imediato.

Se ele já estiver com a fibrose instalada, a fisioterapia pode também tratá-la, juntamente com o trismo, melhorando a qualidade de vida e auxiliando no resultado estético.

– Dor

A dor é comum no pós-operatório imediato devido ao procedimento cirúrgico. O fisioterapeuta deve estar atento ao relato de dor do paciente, pois a fisioterapia tem a responsabilidade de conduzir o tratamento pós-operatório para proporcionar uma recuperação menos dolorosa.

– Dificuldade para se alimentar

A recomendação inicial é o paciente seguir, nos primeiros dias de pós-operatório, dieta líquida ou pastosa. Cumpra as orientações do cirurgião.

– Ausência de sensibilidade e/ou movimento na região operada

Embora sejam raras, complicações como sangramentos, infecções e até mesmo lesão de nervo ou ducto, assimetria facial, podem surgir. Toda a equipe deve estar ligada a todos os sinais e sintomas para agir caso algo indesejado aconteça.

O objetivo deste post é alertar o paciente de que a bichectomia, embora seja considerado um procedimento simples, exige um acompanhamento pós-operatório adequado.

Procure um fisioterapeuta!

O que é bola de Bichat?

A bola de Bichat é um acúmulo de gordura na face, tem forma piramidal e seu tamanho varia de acordo com a idade. Nas crianças, ela é maior e, à medida que o indivíduo envelhece, diminui de tamanho.

Acredita-se que a bola de Bichat tenha algumas funções. A primeira é auxiliar na sucção durante a amamentação. O problema impede que a mucosa da boca encoste uma do lado da outra.

Isso explica o fato de as lactentes terem as bochechas maiores que as crianças mais velhas. Outra função importante da bola de Bichat é de proteção. Esse acúmulo de gordura serve como um coxim protetor de estruturas neurovasculares da face. (Fonte: https://goo.gl/MZXDEj)


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Liberação tecidual

Você conhece a técnica de liberação tecidual?

Liberação tecidual é considerado o melhor tratamento de fibrose e aderência de cicatriz

A liberação tecidual consiste na utilização da terapia  manual respeitando os princípios da mecanobiologia e neurofisiologia dos tecidos cicatriciais para prevenir fibroses (pós-operatório imediato) e tratar fibroses (pós-operatório tardio).

Atualmente é considerada pelos especialistas no assunto como o melhor tratamento para fibroses e aderências.

Para se alcançar os resultados da reorganização do tecido jamais devemos estimular o processo de cicatrização, ou seja, evitar tratamentos que sejam agressivos já será um excelente começo.

Seguindo esse raciocínio, o fisioterapeuta pode associar muitas outras técnicas manuais para favorecer a reorganização tecidual, recuperação funcional e estética do paciente.

Por outro lado, tratamentos que geram dor, realizado de forma intensa/agressiva e repetido em um curto intervalo (a cada 02 dias, por exemplo), estimulam ainda mais o processo de cicatrização.

Infelizmente, os tratamentos desenvolvidos com associação de ultra-som, radiofrequência, carboxiterapia, bambuterapia, massagem modeladora e muitos outros tratamentos que aumentam a resposta cicatricial, prolongam o tratamento pós-operatório.

Muito profissionais ainda acreditam que tratar fibrose significa “quebrar”.

É importante ressaltar que, qualquer tratamento manual que cogite “romper” a fibrose ou até mesmo utilizar aparelhos para “quebrar” ou “amolecer” a região que está endurecida e/ou irregular, sem dúvida esse tratamento está fadado ao fracasso.

Para ter sucesso no tratamento de fibrose é necessário aprofundar na fisiologia da cicatrização normal e da cicatrização excessiva.

Entender esse processo e conhecer como funciona as células envolvidas no reparo tecidual, possibilitará ao profissional elaborar um programa de tratamento resolutivo com poucos atendimentos.

O tratamento fisioterapêutico por liberação tecidual não deve ser associado a aparelhos ou técnicas agressivas.

Cuidado!  Apenas fisioterapeutas podem atuar com este conceito pois trata-se de recursos ensinados somente a fisioterapeutas.

Os pacientes devem se informar sobre a capacitação técnica do profissional que realizará o tratamento, esse cuidado pode garantir o sucesso do tratamento.

Fibrose tem tratamento e é sem equipamento!


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

07 Motivos para se investir no pós-operatório de cirurgia plástica

Cirurgia Plástica Curitiba

O pós-operatório de cirurgia plástica envolve desde a aquisição da cinta e do uso dos remédios prescritos pelo cirurgião plástico até a escolha do profissional fisioterapeuta que realizará os atendimentos.

Seguir rigorosamente as orientações de todos os profissionais envolvidos contribui para o sucesso do procedimento.

Infelizmente, a maioria dos pacientes se preocupam apenas em escolher “o melhor cirurgião plástico” e no pós-operatório o objetivo é economizar. Assim, o único critério utilizado para escolher o profissional que realizará os atendimentos pós-cirúrgicos é o valor do tratamento.

Todo profissional, que estuda e busca constante aprendizado e atualização para oferecer o que há de melhor no tratamento pós-operatório, sem dúvida, agregará valor ao tratamento oferecido.

É importante ressaltar, que há diferenças significativas entre os tratamentos pós-operatórios baseados somente em drenagem linfática manual e os tratamentos fisioterapêuticos com associação de recursos que possibilitam uma recuperação global, reorganização tecidual e equilíbrio entre todas as estruturas envolvidas (pele, subcutâneo, músculo, articulações, nervos, etc.), bem como, minimização e tratamento de intercorrências e complicações (leia mais sobre Pós-operatório de cirurgia plástica). Para facilitar a compreensão do assunto em questão, elaborei 07 motivos para se investir no pós-operatório.

1. Os pacientes, ao agendar a cirurgia, não se atentam ao tempo que terão para se recuperar. Algumas cirurgias exigem poucos dias para que o paciente retorne ao trabalho. Entretanto, há procedimentos mais demorados e que vão demandar mais dias para a completa alta. Ter uma pessoa para auxiliar nas atividades domésticas, higiene pessoal, colocação de cinta é fundamental para uma boa recuperação.

2. A cinta modeladora auxiliará na evolução do pós-operatório e no resultado da cirurgia plástica. Querer economizar na compra dela não é uma escolha inteligente. Tendo em vista que o paciente usará a cinta, em média, por 03 meses, adquirir um produto de qualidade possibilitará que ela dure por esse período e que os objetivos almejados com o uso aconteçam.

3. É bastante comum o paciente não se preparar financeiramente para todos os gastos do pós-operatório. Só que intercorrências acontecem e é preciso entrar com medicações específicas. Não comprar os remédios prescritos pelo cirurgião pode comprometer todo o sucesso da cirurgia e a saúde do paciente.

4. A fisioterapia pós-operatória de cirurgia plástica tem como objetivo restabelecer as funcionalidades do indivíduo e permitir que o resultado almejado com o procedimento cirúrgico seja alcançado. Durante o processo de cicatrização, intercorrências serão inerentes ao procedimento. Assim, tudo deve ser conduzido para que os problemas sejam contornados e o resultado não seja comprometido.

5. Drenagem linfática é a técnica mais conhecida e indicada pelos cirurgiões plásticos já que ajudará na redução do edema e melhora do quadro doloroso. Porém, as desordens de cicatrização não respondem bem ao tratamento baseado somente em drenagem linfática. O uso de técnicas que possibilitam uma reorganização do tecido em cicatrização é imprescindível para o sucesso da cirurgia e minimização dessas intercorrências que são aguardadas após o trauma cirúrgico.

6. Os critérios para se escolher o profissional que realizará o pós-operatório é tão importante quanto os critérios utilizados para definir o cirurgião que realizará a cirurgia. O fisioterapeuta é único profissional habilitado para reabilitar e conduzir o tratamento após o procedimento cirúrgico.

7. O sucesso da tão sonhada cirurgia depende do pós-operatório. Seguir todas as recomendações do fisioterapeuta e do cirurgião plástico, sem dúvida, permitirá que o paciente saia satisfeito com o resultado.

Ótima recuperação!


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Rippling: tratamento fisioterapêutico ou tratamento médico?

Presença de dobras após colocação de prótese mamária: tratamento médico

O que é rippling?

Rippling é o nome dado para presença de dobras na prótese mamária que acabam sendo percebidas como um enrugamento na pele na região das mamas.

Normalmente, ocorre após a colocação de prótese mamária no plano subglandular (acima do músculo e abaixo da glândula mamária).

Entretanto, não se pode descartar que não aconteça nas próteses inseridas no plano submuscular (abaixo do músculo).

Há relatos de mulheres que apresentaram o rippling somente após a gestação/amamentação.

Provavelmente, isso está relacionado ao fato de durante a gestação e amamentação ocorrer um aumento do volume das mamas e após o desmame os seios reduzem de tamanho, favorecendo o aparecimento de dobras e/ou áreas “enrugadas” nas mamas.

Algumas mulheres relatam a presença dessas dobras somente ao se abaixarem.

Fisioterapia pode tratar o rippling?

Pacientes recorrem ao profissional que realizou o pós-operatório para saber se a fisioterapia pode tratar a presença de dobras/enrugamento nas mamas.

Infelizmente, a fisioterapia não proporciona melhora estética do rippling.

Por se tratar de uma alteração da prótese mamária, somente o tratamento médico com enxertia de gordura ou até mesmo uma nova cirurgia darão um visual mais satisfatório.

É de suma importância que o paciente discuta com o cirurgião todas as possibilidades de tratamento, buscando uma forma de solucionar essa alteração.

O fisioterapeuta deve reconhecer os limites da atuação fisioterapêutica e atuar somente dentro das competências e da ética profissional.

Como tratar o rippling?

Como mencionado acima, o tratamento é realizado pelo cirurgião plástico.

A conduta adotada poderá depender do tempo de cirurgia, do plano de inserção da prótese (abaixo ou acima do músculo), volume da prótese, entre outros critérios poderão ser considerados.

O médico poderá optar por enxertia de gordura ou optar por realizar uma nova cirurgia para aumentar o volume da prótese e/ou alterar o plano de inserção.

A paciente deverá realizar uma consulta com o cirurgião de sua confiança e de acordo com a avaliação optar pela conduta que melhor atenderá as expectativas e particularidades de cada caso.

Tem  alguma dúvida? Deixe o seu comentário.


Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional