06 Mitos sobre Drenagem Linfática Manual no Pós-operatório de Cirurgia Plástica

O pós-operatório x Sucesso da Cirurgia Plástica

Planejar a realização de uma cirurgia plástica envolvem várias etapas. Quando se fala em pós-operatório de Cirurgia Plástica a drenagem linfática pós-operatória é normalmente a técnica mais lembrada.

Para desmistificar essa ideia abaixo está listado 06 mitos sobre drenagem linfática no pós-operatório. Entender alguns conceitos será fundamental para que o paciente possa ser mais crítico ao escolher um profissional para realizar o tratamento pós-operatório de Cirurgia Plástica.

1. Drenagem linfática trata fibrose;
2. Drenagem linfática evita fibrose;
3. Drenagem linfática é imprescindível para o tratamento do pós-operatório;
4. Drenagem linfática deve ser feita todos os dias;
5. Drenagem linfática dói;
6. Drenagem linfática deve ser feita por no mínimo 10 atendimentos;

Muitos dos 06 mitos listados acima ainda são critérios que alguns Cirurgiões e Fisioterapeutas utilizam para recomendar a drenagem linfática no pós-operatório.

A drenagem linfática manual é uma técnica excelente para redução do edema (inchaço), entretanto, atendimentos pós-operatórios desenvolvidos apenas com Drenagem linfática são ineficientes pois, quando é realizado uma Cirurgia Plástica o edema é apenas uma das características que o paciente apresentará no pós-operatório.

Para potencializar os resultados e minimizar intercorrências como fibroses, deiscências, edema persistente, dor, restrição de movimentos articulares, etc, é necessário um tratamento de reabilitação pós-cirúrgica desenvolvido por um fisioterapeuta. Diante do exposto, com a terapia manual adaptada à atuação pós cirúrgica, todo processo de cicatrização pode ser conduzido para que o pós-operatório evolua com o menor índice de intercorrências e dessa forma, o resultado estético proposto pelo cirurgião seja atingido. Nesse conceito, todas as alterações presentes são tratadas, promovendo um pós-operatório menos doloroso e uma reabilitação mais efetiva.

LTF é um conceito de tratamento manual específico para fibroses e aderências que respeita os princípios da mecanobiologia e neurofisiologia dos tecidos cicatriciais. O conceito pode ser aplicado para prevenir fibroses (pós-operatório imediato) e para tratar fibroses (pós-operatório tardio). Atualmente é considerada pelos especialistas no assunto como o melhor tratamento para fibroses e aderências.

O pós-operatório conduzido pelo fisioterapeuta utilizando técnicas e conceitos manuais é mais rápido e efetivo. Em média 08 atendimentos o paciente está reabilitado e pronto para retornar às suas atividades. A frequência dos atendimentos é determinada pelas condições clínicas que o paciente se encontra. Em condições habituais, o paciente é atendido no máximo 02 vezes durante primeira semana de pós-operatório. Nas semanas subsequentes o número de atendimentos é reduzido e o intervalo entre os atendimentos é aumentado conforme a evolução de cada paciente.
Os profissionais que atuam com o conceito defendido pela técnica de Liberação tecidual funcional contraindicam o uso de equipamentos de eletroterapia como Ultra-som, Radiofrequência, Carboxiterapia, entre outros no pós-operatório imediato e tardio.

O sucesso da cirurgia plástica depende de um pós-operatório bem desenvolvido.