Fibrose? Nem tudo que parece é!

Tenho fibrose? Fibrose tem tratamento?

Tenho recebido com muita frequência no consultório pacientes em busca de tratamento para fibrose após procedimento de lipoaspiração.

Os paciente recorrem à fisioterapia manual para tratar a “fibrose” pois compromete o resultado da cirurgia e relatam que o aspecto da região submetida à cirurgia plástica resultou em frustração/decepção com o procedimento cirúrgico. Também mencionam o descrédito com os tratamentos pós-operatórios realizados sem sucesso.

Tem sido comum, após a avaliação constatar que, embora esse paciente venha de sucessivos tratamentos, o tecido (região operada) não apresenta diminuição da mobilidade tecidual, não há limitação dos movimentos da área operada e das regiões adjacentes. Entretanto, é visível um aspecto de irregularidades que pode ser comumente confundidas com fibrose.

Vale lembrar que a lipoaspiração é uma cirurgia realizada com objetivo de remover parte do tecido adiposo para melhorar o contorno corporal e possibilitar um corpo mais harmônico pela remoção da gordura localizada presente.

Já é sabido que o trauma gerado pela cânula resulta em uma resposta fisiológica de cicatrização chamada de fibrose. Por outro lado, a sensibilidade, habilidade e técnica utilizada pelo cirurgião podem ser determinantes para que a remoção da gordura seja feita de forma uniforme.

Ao receber pacientes com a queixa mencionada, cada caso deve ser avaliado de forma individualizada, sempre levando em consideração a condição do paciente antes da cirurgia. Cirurgias realizadas anteriormente e tratamentos pós-operatório malsucedidos podem contribuir com a realidade atual do paciente.

Identificar se há ou não presença da fibrose é essencial para o sucesso do tratamento, por isso a avaliação fisioterapêutica é de suma importância. Só é possível desenvolver um bom tratamento com a realização de uma completa avaliação.

O compromisso da fisioterapia no tratamento de intercorrências e complicações pós-operatórias é oferecer possibilidades de solucionar ou minimizar o problema instalado. Porém, nos casos onde há alteração estética (irregularidades) e não há limitação da mobilidade tecidual no plano superficial e profundo, bem como a redução da mobilidade muscular e articular não estejam presente, o tratamento fisioterapêutico apresenta resultados limitados na melhora do aspecto estético da região.

A Fisioterapia Dermatofuncional pode através de recursos não invasivos melhorar o aspecto estético, tratando a irregularidade gordurosa e a flacidez! Entretanto, há situações em que os tratamentos estéticos para melhorar a regularidade do tecido subcutâneo também não atingem a expectativa do paciente.

Por isso é imprescindível a avaliação fisioterapêutica, bem como a avaliação médica.

Há casos, em que o cirurgião opta por realizar um “retoque” da região operada para uniformizar as irregularidades presentes no tecido de subcutâneo e consequentemente buscar um maior grau de regularidade. É fundamental salientar que em casos de uma nova intervenção a reabilitação fisioterapêutica é indispensável.

O diálogo entre paciente, médico e o fisioterapeuta é fundamental e de forma conjunta alinhar as expectativas do paciente com o que realmente pode ser alcançado, seja optando pelo tratamento conservador ou cirúrgico, sempre com muita responsabilidade e ética com o que está sendo proposto.

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Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional

Rua Nunes Machado, 472, sala 801. Curitiba/PR

contato@marcielimartins.com.br

Tenho fibrose! Realizar uma nova cirurgia pode solucioná-las?

Uma nova cirurgia trata fibrose?

A fibrose pós-lipoaspiração, é sem dúvida, uma das maiores causas de insatisfação com a cirurgia. Mas afinal, uma nova cirurgia trata fibrose?

Após muitos tratamentos malsucedidos e a manutenção da fibrose na região operada, motiva o paciente a recorrer à um novo procedimento cirúrgico, com a finalidade de solucionar as fibroses presentes.

Por isso, é fundamental esclarecer o mecanismo de formação da fibrose e informar que, a fisioterapia pós-operatória tem evoluído muito nos últimos anos e já existe a possibilidade de tratar a fibrose de forma efetiva, com um número de atendimentos reduzidos e sem a necessidade do paciente ser submetido novamente à uma nova cirurgia.

Os estudos mostram que quando há um trauma/dano tecidual, a formação de um novo tecido surgirá para que a região agredida tenha suas funções restabelecidas. A formação desse novo tecido é proporcional ao trauma gerado, ou seja, quando maior a retirada de gordura e a intensidade do trauma gerado pela cânula, podem contribuir para que esse tecido seja depositado no local de forma desorganizada e excessiva, consequentemente gerando um comprometimento estético da região operada.

Diante desse cenário, os pacientes iniciam uma incansável busca para resolução das fibroses. Muitos pacientes, passam meses ou até mesmo anos recorrendo a tratamentos sem sucesso. Por conta disso, um novo procedimento se torna uma alternativa na busca para solucionar as fibroses.

Entretanto, as fibroses podem ser solucionadas apenas com o desenvolvimento de um tratamento específico. A fisioterapia manual, tem sido considerada padrão ouro de tratamento para fibrose. Com o tratamento fisioterapêutico manual é possível tratar fibroses recentes e tardias com muito sucesso.

Se faz necessário frisar que, realizar um novo procedimento em uma região com excesso de tecido cicatricial e com redução da mobilidade tecidual (fibrose), há grandes chances desse tecido embora o médico consiga “romper” os pontos de fibroses e aderências, após essa nova lesão um novo processo de cicatrização será desencadeado e uma nova fibrose será instalada.

Por conta disso, a atuação do fisioterapeuta é imprescindível tanto em uma primeira cirurgia (buscando minimizar essa intercorrência), quanto após a realização de uma nova cirurgia.

É importante que o cirurgião e o fisioterapeuta discutam juntos os benefícios de um novo procedimento cirúrgico e dessa forma oferecer ao paciente a melhor alternativa para resolução das fibroses.

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Dra. Marcieli Martins

Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional